“Like the coldest winter chill
Heaven beside you, Hell within
Like the coldest winter chill
Heaven beside you, Hell within
Like the coldest winter wind
Heaven beside you, Hell within
And you wish you had it still,
Heaven inside you”
Heaven beside you, Hell within
Like the coldest winter chill
Heaven beside you, Hell within
Like the coldest winter wind
Heaven beside you, Hell within
And you wish you had it still,
Heaven inside you”
Já há muito que devia ter adormecido, mas algo a mantinha acordada. Deitada a seu lado na cama, o marido dormia um sono despreocupado.
Ela observava-o, desinteressada, expectante, mas à espera do quê? Não sabia responder.
Odiava-o.
Odiava a casa de sonho que tinham comprado, odiava o estilo de vida confortável que levavam, odiava o próprio filho que dormia descansado no quarto ao lado e odiava-se a si mesma, mais que tudo, por ter albergar estes sentimentos perversos contra as duas pessoas que a amavam mais do que tudo.
A harmonia que pairava pela casa adormecida enchia-a de calafrios e apenas servia para atiçar o fogo da ira que a consumia por dentro.
Sentou-se e encostou-se ao estrado da cama, os seus grandes olhos bem abertos, contemplando o escuro; por detrás deles havia uma luz, um clarão de loucura duma mulher que, com as próprias mãos, abrasava o paraíso.
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