O rapaz de olhos esverdeados, passa a sua vida toda a vaguear.
Por todo o lado passa e a nenhum lugar pertence,
Por mais exaurido que esteja, nunca deixará de procurar
Por um lugar debaixo das estrelas onde, finalmente, conseguirá sonhar.
A rapariga de olhos azuis está para sempre apaixonada
A cada dia, juntando mais uma moedinha para poder embarcar
Naquela viagem, a que pelos sonhadores é a mais desejada
Até à sua terra encantada.
Há um rapaz que está apaixonado, mas por quem está não sabe.
Leva os dias a pensar e as noites a escrever,
A escrever os mais belos sentimentos e as mais doces palavras
Em cartas que jamais serão enviadas.
Há uma rapariga que procura, apenas procura pertencer.
Ter alguém especial a seu lado com quem possa adormecer,
Poder sonhar, sem ter de recear o despertar
Pois quando abrir os seus olhos, ele ainda vai lá estar.
Há um rapaz que está cansado, fartou-se de tentar.
Arranjou baús e encheu-os com os seus sonhos
Para onde quer que vá, leva-os como numa procissão,
Anuncia: “Meus já não são. São de quem lhes jogar a mão.”
Há uma rapariga que tem uma força impossível de se ver.
Presa numa batalha constante que mais ninguém consegue entender
Ninguém a conhece realmente, ninguém acreditaria se lhe fosse contado,
No dia prometido todos a verão, a brilhar mais do que um céu estrelado.
Há um rapaz que chora sem deixar cair lágrimas algumas
Ensinado a não mostrar dor, a se fortalecer para esconder a amargura
Tão perfeito o disfarce e tão pura a cura,
Que ninguém vê que está preso na própria armadura.
Há um rapaz e há uma rapariga e ambos estão à procura.
Procuram-se um ao outro mas isso, ninguém lhes disse.
Cruzaram o caminho um do outro certo dia; depois dum sorriso partilhado
Seguiram caminhos diferentes, continuado à procura do que já haviam encontrado.
Imagem por: roseonthegrey
Porque esse título?
ResponderEliminarDe qualquer forma era bem mais giro com um final feliz! =)
O título foi porque já estou cansado e enganei-me nas contas. São dezoito olhos. Tirando isso, é apenas um título.
ResponderEliminarEu não gosto de escrever finais felizes, nem gosto de finais. Acontece sempre mais qualquer coisa depois da história acabar.
Eu uso sempre imenso do que sinto para escrever e não costumo sentir felicidade, daí não fazer finais felizes.
Eu fico sempre ligeiramente incomodada quando os livros não tem final-parece que me estão a tirar algo, não sei. Mas é uma concepção interessante.
ResponderEliminarEntão mas isto são histórias, não consegues imaginar um final feliz?
Consigo imaginar, é bastante fácil até.
ResponderEliminarSó não o consigo escrever.
Porque ?
ResponderEliminarTenho a certeza que consegues!
Porque não é o que estou a sentir agora, porque não é nada que eu queira imaginar agora e porque não é algo em que eu acredite agora.
ResponderEliminarUm dia, quem sabe. Agora não.
É pena.
ResponderEliminarEspero que um dia assim seja então.
Provavelmente será.
ResponderEliminarComo diz o outro:
"It can't rain all the time"
Tudo isso é uma questão de perspectiva.
ResponderEliminar"Rain falls on everyone
The same old rain
And I'm just trying to
Walk with you
Between the raindrops
I send my echo out
To get your love without
Obscured reflections of
My love "
Uma pergunta :O
ResponderEliminarFoste tu que escreves-te o poema?
Sim, fui eu.
ResponderEliminarTodos os textos aqui do blog são originais meus = )